Rima desencontrada de saudade
Aflitos decassílabos
Insistentes sonetos
Tão sólidas imagens de desejos
De beijos, de lembranças
Há perfumes no hálito da imaginação
Tão fortes odores
Tão cristalinas pétalas
Que faz a tarde parecer um lírio
Há um desencanto nesse tempo
Nessa hora de um ano distante
Passado que se passa por presente
Há, ainda, imenso e nebuloso desafio
Manter silenciado o sentimento.
Paulo Viana
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