quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mundos

Não quero filosofar sobre mundos

Eles existem e ponto

Carrego comigo um deles

Com todo o peso da existência

E com a suavidade da essência

Uma entrelaçada a outra

Repartindo minhas dores e prazeres

À noite, ao deitar, repousa o existir

Deixando fluir o essencial

Lampejos oníricos de anseios e conflitos

Ainda estou ali, porque sou noite e dia

Sol e escuridão, luz e trevas

Sou o animalesco suor do desejo

E a serenidade da reflexão

Por vezes esqueço a placidez

E a energia do fulgor anímico brilha

Então porque pensar sobre mundos?

Eu sou meu próprio mundo

Por vezes me harmonizo com os outros

Buscando o equilíbrio de estar e não estar só

Porque existo na essência do outro

E sou essência da sua existência

Não quero a filosofia dos mundos

Quero a vivência deles

Na carne e no espírito

Consumir todo o fogo, até as cinzas

Cingindo meu caminho no tempo

Até passar sob o umbral do infinito

Paulo Viana

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sonhos e Sombras

Meu coração é portavoz constante

Do mais profundo da intimidade

Do véu sublime da sinceridade

Na expressão de mim a cada instante

Porém há versos ditos em rompante

Para compor rimas e poesia

Que são apenas minha fantasia

Sonhos e sombras em ebulição

O despertar solene de um vulcão

Da minha essência que se pronuncia

Paulo Viana