Enquanto uns choram, por causa de tragédias, outros fazem festas e comemoram. A vida é injusta? Não. A Natureza, criadora e mantenedora da vida, como diria Joshep Campbel: É assim porque é assim. Ela não faz reflexões, nem julgamentos, ela acontece. Ela não age com o objetivo de beneficiar ou prejudicar alguém. Nós, seres humanos fazemos sim, reflexões e julgamentos e, na maioria das vezes, agimos com objetivos definidos.
Antes do desenvolvimento da ciência, os seres humanos morriam de causas naturais. Através da ciência, tentaram reduzir, o máximo possível, a vulnerabilidade humana, diante da Natureza. Porém, na medida em que combatiam as causas naturais, provocavam problemas para o meio ambiente e para sua própria saúde. Não bastasse, isso, o modelo de civilização causou o aumento do número de transtornos mentais. Hoje, os maiores problemas para a humanidade, somos nós que criamos.
Rir, chorar, sofrer, sonhar, pensar, amar, ganhar, perder, aprender, morrer e deixar-se virar lembrança. Somos assim. Não podemos estancar a Natureza. Ela tem que seguir seu curso.
Precisamos mesmo é nos conter, tentar recuperar e defender a Natureza, pois os que virão depois precisarão poder vir depois de nós.
Se acontecer um fenômeno natural que destrua a vida, aqui, na Terra, não poderemos fazer nada, apenas sucumbir humildemente. Mas, se pudermos evitar que a vida e as condições dela sejam destruídas é mais do que nossa obrigação tentar. É nosso principal objetivo, enquanto vivos e produtivos.
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Creio que hoje foi deflagrada a guerra pela internet, principalmente no twitter, dos partidários e simpatizantes dos candidatos à presidência da República. Certamente irão fazer muitas brincadeiras e gozações com os candidatos. Que façam! Que tentem caricaturar cada um através de frases, trocadilhos e outras artimanhas da língua. Devemos ter apenas muito cuidado com o que escrevermos para não dar espaço a medidas judiciais. Todo mundo tem direito a ter seu candidato. A disputa, na realidade, é para ser programática, embora saibamos que a base da campanha deva ser a comparação entre os períodos do Fernando Henrique e o do Lula. Certamente isso definirá a eleição.
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O Brasil parece estar deixando de ser uma “Pátria de Chuteiras”. Não vemos mais a empolgação dos torcedores, ou seja, quase todos os brasileiros, pintando as ruas, ornando-as com bandeirolas e desfilando com uniformes da seleção, como víamos nos meses que antecediam a copa do mundo.
Isso pode ser um sinal de amadurecimento ou de desencanto. Talvez os brasileiros não esperem mais que o futebol venha a obter vitórias para a autoestima. Estão mais confiantes em si mesmos e acreditam que eles próprios possam obter essas vitórias. Ou, quem sabe, não estejam decepcionados com os jogadores e dirigentes do futebol brasileiro.
Paulo Viana