Há uma discussão quase que permanente nos meios de comunicação, no congresso e em outros fóruns, envolvendo questões como descriminalização das drogas, legalização do aborto, casamento entre homossexuais, candidatos com problemas judiciais e outros.
Primeiro sobre as drogas: Sou a favor da descriminalização da maconha, porém radicalmente contra as outras, ou seja, cocaína, crack, heroína, etc. Maconha é prejudicial à saúde, mas, se comparada com o próprio tabaco, que é legal e mata oito pessoas de câncer, por hora, no Brasil, é menos nociva, além de, comprovadamente, em seu uso controlado e racional, ter propriedades terapêuticas importantes. As outras exigem procedimentos químicos, cuja manipulação é complexa, o vício é rápido e muito forte, desagregam famílias, despersonalizam, humilham, enlouquecem. São realmente drogas para otários. Claro que dependência química é uma doença, mas os exemplos são tão evidentes que muitos poderiam fazer um esforço para evitar a iniciação. Sem contar com o álcool e muitos alimentos industrializados, ou mesmo colhidos das hortas, que adoecem as pessoas e matam muitas. Não podemos esquecer as drogas usadas pela medicina. Quantas delas são venenos usados como experiência, principalmente no terceiro mundo? Aqui mora a hipocrisia. Ninguém põe em discussão a grande quantidade de indústrias que poluem e fabricam drogas e alimentos cuja composição foge às características de comida saudável. Ah, mas elas geram impostos e empregos, diriam os políticos e economistas. Há tecnologia mais adequada que gera emprego e imposto.
Sobre o aborto: Abortar por abortar é o grande problema. Abortar por causa de um estupro, por risco da mãe, ou por impossibilidade de uma vida saudável ou sobrevivência do feto, é indiscutível e óbvio que precisa ser aceito e legalizado. Naturalmente que a mãe deve ser acompanhada com profissionais da saúde física e mental. Já o aborto por desistência da mãe é uma discussão que precisa ser aprofundada. Antes disso, gerar um debate profundo sobre a raiz do problema, ou seja, uma sociedade cujos valores estão invertidos e banalizados. A sociedade deve planejar seus membros e não sair provocando abortos indiscriminadamente, pondo em risco a integridade física e psicológica das mulheres. Até porque, se liberar geral, muitos serão realizados por profissionais não qualificados, com consequências graves para mães e até mesmo para os filhos, cujos fetos venham a sobreviver às tentativas de interrupção da gravidez.
Casamento entre homossexuais é necessário para que, de forma justa, seja legitimado o direito à herança do patrimônio construído ao longo de um relacionamento que, hoje, ficaria para os familiares do falecido e não para o parceiro ou parceira. Não precisa nem se discutir a legitimidade da relação afetiva.
Discussão menos necessária é sobre os políticos que têm problemas na justiça. Muitos buscam a imunidade parlamentar, e só. Teve problema judicial tem que ser julgado. Se condenado pagar a pena. Se inocentado ganha o direito de ser candidato, mas é preciso ficar de olho, pois sua conduta pode ser duvidosa.
Estes são assuntos polêmicos que exigem uma discussão muito mais ampla e, certamente, alguns discordarão, mas é uma opinião. Todos têm o direito de emitir sua opinião. Contra ou a favor. Esta é a minha. Por favor, quem discordar, argumente. Se me convencer eu mudo.
Paulo Viana