sexta-feira, 2 de abril de 2010

Eleições e Drogas

Está sendo discutida a criação da Lei Ficha Limpa, onde não poderão se candidatar políticos que tenham problemas graves na justiça. Muitas pessoas se manifestando a favor, principalmente através do twitter. Temo, porém, que esse grande esforço não tenha a eficácia que deveria ter. Quantos parlamentares têm problemas na justiça? Quero crer que a maioria deles tenha e quer reeleição.

Não acredito que os políticos queiram dar esse tiro no pé. Jamais aprovarão uma lei que possa impedi-los de estar usufruindo das benesses e das garantias do poder.

Cabe à sociedade brasileira continuar a luta pela moralização dos poderes públicos. Vamos ficar atentos para que meliantes não cheguem ao parlamento e a outras instâncias do poder. Fiquemos, portanto, de olho no histórico dos candidatos.

As drogas, principalmente o crack, têm sido apontadas como principal problema de saúde dos municípios do Ceará. O crack é uma droga poderosíssima que vicia muito rápido e acaba levando o dependente à morte. Antes, porém, o mesmo vende objetos de casa para comprar as “pedras”. Pode, inclusive já ter agredido pais e irmãos.

Necessita-se, de forma urgente, uma política de combate à cocaína e ao crack, e a criação de centros de reabilitação públicos, visto que muitos usuários não têm condições financeiras de internamento em clínicas particulares, onde o tratamento é caríssimo.

Sempre que vai começar a corrida presidencial a Veja apresenta denúncias, em uma retórica questionável, sobre irregularidades de alguém que possa prejudicar a candidatura do PT. Se a denúncia é verdadeira, caberá às investigações apurar e o poder judiciário punir. Porém, fica bem clara a oposição sistemática que aquela revista faz ao governo. É a parcialidade da imprensa que ainda não engoliu um torneiro mecânico na presidência do Brasil.

Mais interessante é saber que ela guarda a denúncia para quando estiverem próximas as eleições.

Em qualquer situação, de qualquer partido, irregularidades têm que ser punidas com a aplicação de lei. Parcialidade na imprensa, no entanto, é algo intolerável e suspeito.