Entramos em 2009 com as esperanças renovadas e acreditando que novos acontecimentos trarão uma vida melhor e mais próspera. Este é o desejo de todos nós e foi isto que apregoamos ao abraçar os amigos e familiares.
Embora tenhamos posto toda a nossa fé nesse desejo, devemos ter consciência que o ano, por si só, não trará nada. Os dias passarão normalmente, com a mesma rotina que vínhamos impingindo às nossas vidas. Se quisermos mudanças, para melhor, devemos avaliar o que está nos travando, nos atrapalhando, tornando a vida mais difícil e dificultando o nosso avanço espiritual. Feito esse levantamento, devemos concentrar as energias em novas atitudes; em mudanças na prática.
Acostumamo-nos a encarar a vida usando expressões como “se Deus quiser”, “Deus dá um jeito”, “Deus escreve certo com linhas tortas” etc. Além de um comodismo indolente isso mostra um conformismo primitivo, totêmico, que permite a continuação das desigualdades, das injustiças e da miséria, isto no campo social. Nos aspectos pessoais, engessa a vida; inverte as responsabilidades e acabamos por não tomar a atitude para mudarmos a vida no que se faz necessário.
Temos que ter fé, sim. Mas temos que ter fé, sobretudo, em nossa capacidade de assumir as rédeas da nossa vida; de não nos submeter à indústria do consumo, que nos torna viciados em produtos prejudiciais, seja alimentares, bebidas alcoólicas, fumo e muitos outros, cujas embalagens e propaganda envolventes, além de alguns ingredientes que contêm, são armadilhas para uma escravidão comportamental. Aqui começam as mudanças para um ano realmente novo. Atitudes – difíceis, claro – mas que melhorarão a nossa saúde, consequentemente, a nossa vida. Deixar de fumar; de beber, se a bebida é um problema; de consumir indiscriminadamente; sermos mais amáveis com os outros, sem perder a altivez; sermos altivos, sem perder a humildade; agir com respeito à Natureza; buscar mais o lazer, evitando o stress; não nos angustiar com dívidas, pois as pagáveis serão pagas e as impagáveis serão esquecidas pelo SPC. Porém, é conveniente não contrair mais dívidas impagáveis, para que a ética seja preservada e possamos nos indignar com a corrupção e com a desonestidade; vamos ouvir muita música; assistir filmes; ir ao teatro; praticar atividades físicas; abraçar, beijar, elogiar sempre, principalmente as pessoas de quem gostamos; jamais nos sentir culpados pela morte de Jesus Cristo, pois com essa culpa vem muitas outras que só fazem atrapalhar a nossa felicidade. Enfim, viver intensamente nossa sexualidade e amar... amar livremente; sem dizer que ama a quem não ama e nunca dizer que não ama a quem ama.
Se por acaso alguém entender que não vale a pena mudar, então que continue, em 2009, com o espírito de 2008 e passe todo o resto da vida estagnado, fixado em fases infantis; mamando em cigarros ou em copos de bebidas alcoólicas; consumindo brinquedos eletrônicos novos; se estressando para ganhar mais dinheiro e poder comprar a falsa felicidade, anunciada pelos avanços tecnológicos. Não precisa se preocupar com a vida, ela passa mesmo.
Para aqueles que querem realmente mudar, sou testemunha de que é possível, e com muito mais qualidade, sem as muletas do consumismo, viver. O mundo não desmoronará. O objetivo fundamental da vida é viver com plenitude, embora seja difícil atingi-la. Ainda não atingi, mas acredito que exista. É preciso começar a buscá-la. Talvez não exista um sentido único para todas as vidas. Talvez cada vida tenha seu próprio sentido. Certamente não é esse do mundo da massificação e da fragmentação. Ilusão por ilusão, prefiro a de que existe uma excelência espiritual. Que não podemos confundir com dedicação religiosa. Então, feliz 2009, em busca de um sentido verdadeiro para a sua vida.
Paulo Viana
Embora tenhamos posto toda a nossa fé nesse desejo, devemos ter consciência que o ano, por si só, não trará nada. Os dias passarão normalmente, com a mesma rotina que vínhamos impingindo às nossas vidas. Se quisermos mudanças, para melhor, devemos avaliar o que está nos travando, nos atrapalhando, tornando a vida mais difícil e dificultando o nosso avanço espiritual. Feito esse levantamento, devemos concentrar as energias em novas atitudes; em mudanças na prática.
Acostumamo-nos a encarar a vida usando expressões como “se Deus quiser”, “Deus dá um jeito”, “Deus escreve certo com linhas tortas” etc. Além de um comodismo indolente isso mostra um conformismo primitivo, totêmico, que permite a continuação das desigualdades, das injustiças e da miséria, isto no campo social. Nos aspectos pessoais, engessa a vida; inverte as responsabilidades e acabamos por não tomar a atitude para mudarmos a vida no que se faz necessário.
Temos que ter fé, sim. Mas temos que ter fé, sobretudo, em nossa capacidade de assumir as rédeas da nossa vida; de não nos submeter à indústria do consumo, que nos torna viciados em produtos prejudiciais, seja alimentares, bebidas alcoólicas, fumo e muitos outros, cujas embalagens e propaganda envolventes, além de alguns ingredientes que contêm, são armadilhas para uma escravidão comportamental. Aqui começam as mudanças para um ano realmente novo. Atitudes – difíceis, claro – mas que melhorarão a nossa saúde, consequentemente, a nossa vida. Deixar de fumar; de beber, se a bebida é um problema; de consumir indiscriminadamente; sermos mais amáveis com os outros, sem perder a altivez; sermos altivos, sem perder a humildade; agir com respeito à Natureza; buscar mais o lazer, evitando o stress; não nos angustiar com dívidas, pois as pagáveis serão pagas e as impagáveis serão esquecidas pelo SPC. Porém, é conveniente não contrair mais dívidas impagáveis, para que a ética seja preservada e possamos nos indignar com a corrupção e com a desonestidade; vamos ouvir muita música; assistir filmes; ir ao teatro; praticar atividades físicas; abraçar, beijar, elogiar sempre, principalmente as pessoas de quem gostamos; jamais nos sentir culpados pela morte de Jesus Cristo, pois com essa culpa vem muitas outras que só fazem atrapalhar a nossa felicidade. Enfim, viver intensamente nossa sexualidade e amar... amar livremente; sem dizer que ama a quem não ama e nunca dizer que não ama a quem ama.
Se por acaso alguém entender que não vale a pena mudar, então que continue, em 2009, com o espírito de 2008 e passe todo o resto da vida estagnado, fixado em fases infantis; mamando em cigarros ou em copos de bebidas alcoólicas; consumindo brinquedos eletrônicos novos; se estressando para ganhar mais dinheiro e poder comprar a falsa felicidade, anunciada pelos avanços tecnológicos. Não precisa se preocupar com a vida, ela passa mesmo.
Para aqueles que querem realmente mudar, sou testemunha de que é possível, e com muito mais qualidade, sem as muletas do consumismo, viver. O mundo não desmoronará. O objetivo fundamental da vida é viver com plenitude, embora seja difícil atingi-la. Ainda não atingi, mas acredito que exista. É preciso começar a buscá-la. Talvez não exista um sentido único para todas as vidas. Talvez cada vida tenha seu próprio sentido. Certamente não é esse do mundo da massificação e da fragmentação. Ilusão por ilusão, prefiro a de que existe uma excelência espiritual. Que não podemos confundir com dedicação religiosa. Então, feliz 2009, em busca de um sentido verdadeiro para a sua vida.
Paulo Viana