domingo, 7 de março de 2010

A Política, a Música e a TV

Os políticos pensam que o povo é burro. Sabendo que o Bolsa Família é o diferencial dos votos na eleição para presidente, um Senador do PSDB apresenta, véspera de se iniciar a campanha, uma proposta de melhoria do programa citado. É uma das famosas armadilhas eleitorais que são jogadas para o povo sem nenhum respeito, pois sabemos que mais da metade das promessas de campanha não são cumpridas.

A democracia seria muito boa se não fosse a participação inevitável dos políticos. Para estes, a Lei é um estorvo, um obstáculo a seus propósitos, na maioria das vezes de cunho egoísta ou corporativo. De várias formas eles tentam enganar os eleitores e passar por cima das regras legais. Por causa deles, as mudanças são lentas e, antes de beneficiar uma parte maior da população, tem beneficiado a eles, individualmente, ou às empresas que os financiaram.

Fica, portanto, meu registro, pois o que o Senador do PSDB quer é voto, é o poder. Em nem um momento ele pensou na situação de pobreza e desamparo das famílias a que o programa se destina. Quer enganar, explicitamente o povo, já perdeu muitos votos. No mais, estou feliz porque o governador continua preso. Espero que muitos outros sejam, pois só o que existe na política são bandidos querendo imunidade e verbas para desviar. Cadeia neles. E não vamos votar em quem está respondendo processo. O TRE tem a lista.

A música brasileira perdeu um dos ícones da Bossa Nova: Johnny Alf. O romantismo e a serenidade da voz; As melodias com o charme dissonante e as letras com a poesia envolvente, eram os ingredientes que aquele artista usava para nos maravilhar com sua arte. Ele morre em um triste cenário vivido pela música, onde o sucesso do momento é o “Rebolation”. Enquanto o Brasil melhora em alguns aspectos sociais e econômicos, há uma degradação musical lamentável.

É impressionante como a mídia consegue transformar excremento e fazer parecer chocolate. Está conseguindo transformar um Anti-Herói Bufão em um herói pasteurizado. A homofobia, a truculência, a falta de educação e outros adjetivos menos nobres são premiados e o povo, que gosta de montar-se nos lombos de heróis, nem que seja por um heroísmo do nada, editado, expressa sua revolta popularizando o ridículo, a hipocrisia e a cafajestice. Mas, na terra do Rebolation o que esperar mais?

Depois de alguns dias sem atualizar o Blog, volto a escrever. Resolvi mudar a forma e ao invés de um texto de uma lauda, sobre determinado assunto, vou escrever pequenos textos sobre assuntos diversos. Espero suscitar o debate e estou aberto às críticas e sugestões.

Paulo Viana

4 comentários:

Ana Raquel disse...

Tô passando pra deixar um beijo. Ótimo texto!

Paulo disse...

Outro pra você, querida.
Grato, pela visita.

isle disse...

VIVA O CEARÁ, que ao invés de exportar "boquinha da garrafa", "chupa que é de uva", "rebolation", etc.etc. exporta o riso para alegrar a vida do restante da população do Brasil!

Paulo disse...

Concordo. Rir é o melhor remédio para nossas almas tão bombardeadas por tragédias.
Beijo